quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Tá chegando a hora.

Não existe pesar, só tristeza.
Não deixo quase nada para trás, só a sensação de vazio.
Tudo foi facilitado pra mim, não tenho do que reclamar.
Me tiraram quase tudo que pudesse deixar saudade. Só fica Gaubi, Kelly e Aninha.
Não queria sentir tristeza, queria estar feliz. Pq será que me sinto assim?

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Crisálida...

A gestação está mexendo com minha cabeça e minhas emoções, incrível!

Sempre acreditei ser corpo mole quando ouvia das gestantes que uma gravidez nunca é igual a outra. Pensava: Imagina! o mesmo corpo, a mesma mãe, como assim??? Frescura!!!

É a mais pura verdade! Ser mãe aos 33 e aos 38 tem uma diferença absurda!!!

Como diz minha obstetra animadoramente... é a idade moça!

Como as coisas mudam né? Quanto radicalismo por qualquer coisa. Eu que o diga, a rainha do ou tudo ou nada.

Fora as modificações no corpo, mais que evidentes rsrsrs, ainda existem as modificações de humor. Digamos que estou com os nervos à flor da pele... mesmo! Estou extremante de extremos. Algumas pessoas me irritam profundamente, outras prefiro até evitar.

Tudo está muito intenso pra mim, não estou sabendo lidar com isso.

Aparento uma auto-suficiência que não existe, e nesse momento as pessoas se afastam mais ainda de mim, como se eu não precisasse de cuidados.

Não é uma reclamação, não mesmo! Acho que colhemos o que plantamos, mas não tem sido fácil.

Minhas 24 horas se transformaram em 24 minutos. Não consigo terminar nada daquilo que sofridamente consegui começar. Caos.

Os nove meses não são realmente à toa, tem toda uma razão de ser.

Caçador de mim


Por tanto amor, por tanta emoção
A vida me fez assim
Doce ou atroz, manso ou feroz
Eu, caçador de mim
Preso a canções
Entregue a paixões
Que nunca tiveram fim
Vou me encontrar longe do meu lugar
Eu, caçador de mim

Nada a temer
Senão o correr da luta
Nada a fazer
Senão esquecer o medo
Abrir o peito à força
Numa procura
Fugir às armadilhas da mata escura

Longe se vai sonhando demais
Mas onde se chega assim
Vou descobrir o que me faz sentir
Eu, caçador de mim

Nada a temer
Senão o correr da luta
Nada a fazer
Senão esquecer o medo
Abrir o peito à força
Numa procura
Fugir às armadilhas da mata escura

Vou descobrir o que me faz sentir
Eu, caçador de mim
Milton Nascimento

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Nada como o bom e velho tempo!


Sou um ser humano emocional!

Primeiro sofro a dor do mundo, fico literalmente pra morrer de dor, depois o racional toma conta de mim, e é aí que o bicho pega.

Na fase da dor e da melancolia a culpa de tudo é minha, não consigo enxergar outros culpados, ou pelo menos os reais culpados pelo crime, mas... depois que passa a fase do choro e da vela, a lucidez é implacável!

As vezes prefiro acreditar piamente que o erro está em alguma coisa que fiz, não que não aconteça com frequência... acontece. Mas quando consigo enxergar além das lágrimas, quando o meu emocional sede espaço para o racional, consigo fazer um retrospecto acelarado de tudo que vi e ouvi, mesmo as conversas fúteis, frases soltas. Elas se encaixam como num quebra cabeça de 10.000 peças, em um piscar de olhos.

Foi o que aconteceu comigo a poucos dias. Só que nesse caso preferia continuar acreditando que eu havia errado. Não dá pra constatar que errei tanto na minha avaliação em relação a alguém.

Nesse caso foram duas perdas: a da separação e a do objeto idealizado.

Como diria Marisa Monte: Desilusão, desilusão, danço eu dança vc na dança da solidão.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

São tantas coisas...

A foto é dramática ... a frase tbém, mas é bem assim que me sinto nesse momento.
Sempre ouvi uma frase que diz o seguinte: Onde vc ganha o pão não tem que haver diversão.
Bastante forte e sábia essa frase, mas nunca se aplicou muito a mim.
Como não se envolver com pessoas as quais vc passa 8 horas juntas? É um exercício de convivência, é um casamento.
Não gosto de mudanças, elas sempre me atordoam mais do que as outras pessoas. Chegou o momento de mais uma grande reviravolta na minha vida profissional, vou me separar do meu grande amigo, do meu parceiro de trabalho. Vivendo e aprendendo a jogar... será?
Uma grande dúvida assombra meu coração: Pq???
Sinto que seguiremos caminhos extremamente opostos, talvez nos percamos um do outro.
Nesses 14 anos de trabalho tive a oportunidade de conviver com pessoas fantásticas: Dona Ana, Ana Lúcia ( A Assistente Social ! ), Ana Rosa, gente que se identificava com o trabalho, sentia a razão de ser daquilo tudo.
Agora, quando me acostumei a não esperar mais nada, aparece um moço simples, despretensioso, honesto, franco, sincero, humilde e acima de tudo extremamente envolvido pelos dramas do ser humano; de repente acabou.
Quando eu voltava a sentir amor pelo trabalho, reconhecer o que me fez escolher esse caminho... mais uma vez terei que me adaptar.
Em pensar que perco o parceiro de trabalho por uma causa tão pouco nobre.
Deixa pra lá... só um desabafo.
Vivendo e aprendendo a jogar.