quinta-feira, 10 de maio de 2012

Sofrimento.


Um filho nunca deveria morrer antes de sua mãe! Não existe lógica no mundo que me faça aceitar um coisa absurda como essa!
Não existe dor maior e nem mais profunda...
Hoje é um dia triste, muito triste.
Viver é uma coisa tão tênue, tão frágil, que se não nos atentarmos rápido, ela passa e a gente não vê.
Quantas pessoas passam pela vida da gente sem que nos detenhamos um pouquinho mais em atenção?
Essa moça alegre, bem humorada, que sempre me recebeu no caixa do mercado com um sorriso no rosto, se foi...
Se foi  de forma brusca, rude, sem despedidas.
Ainda um dia desses disputava vaga na sombra de uma arvore com o carro dela. Ah! Ela chegou mais cedo que eu hoje! Ah... Hoje eu paro na sombra dela! Queria poder continuar disputando a sombra da árvore com ela para sempre.
Queria que a sua mãe nunca sentisse a dor excruciante que está sentindo agora.
Essa menina feliz, cheia de estilo, um dia foi minha aluna também. 
Hoje me despeço de uma menina linda, feliz, encantadora. Me despeço de uma aluna doce, amável, terna.
Fico imaginando como não será esse dia das mães, que está tão próximo, para essa mãe.
Hoje ela entra no rol das mães de quem sou fã. Aquelas que sobreviveram a partida de seus filhos. São heroínas muitas vezes anônimas, que levantam dia após dia com a obrigação de viver um dia por vez.
Acredito que toda vez que um filho morre, uma mãe que já perdeu o seu filho, vive novamente um dia de luto.
Hoje é um dia triste, e na minha enorme insignificância diante dessa dor absoluta, só me resta rogar a Deus serenidade, conforto e amparo para essa mulher que hoje viverá o pior dia do mundo.
Sabrina, sentirei muito a sua falta, e não haverá um único dia que eu entre naquele mercado, que não me lembrarei do seu iluminado sorriso.
Esteja em paz. Esteja com Deus.

Um comentário:

  1. Se fosse no face, eu iria curtir. Aqui não é possível, mas eu compartilho com você o mesmo pensamento. Ainda hoje quando passei em frente a casa da Shirlei pensei isso: a Shirlei deve tá sofrendo tudo de novo. E nós que somos também mães podemos muito bem mensurar a dor daquela que perde seu filho. Penso que a dor é do mesmo tamanho ou do mesmo peso do amor. Penso ainda que a dor é também física, pois a parte que nós construímos para nossos filhos é parte de nós, é nossa carne, assim morremos também, nós as mães, quando um filho se vai. Gostei do post, conferi mais uma vez a sua sensibilidade e capacidade de exteriorizar sentimento tão claramente e simplesmente.

    ResponderExcluir

Fala aí vai!?