sábado, 13 de junho de 2009

REVISTA ÉPOCA.


Na verdade não gosto da revista, assim como não gosto da VEJA. Mas duas matérias me chamaram a atenção nessas duas últimas semnas.
A primeira foia a de 1º de junho de 2.009. Com Ferreira Gullar na capa, falando que dói ter de internar um filho, mas que as vezes não há outro jeito.
Polêmicas à parte, achei de enorme sensibilidade seu relato.
A luta antimanicomial é importante? Sim, mas é necessario uma infraestrutura para acolher doentes e familiares.

A outra boa surpresa veio na coluna Nossa Antena de Ruth de Aquino, na última página da Edição Especial da Época sobre o Voo Air France 447.
De maneira muito sensível, ela fala sobre a perda.
Cita um amigo seu, o psicanilista Luiz Alberto Py, que diz o seguinte: "- O que a gente teve não perde. As lembranças estão dentro de nossa memória. Quando uma tragédia assim acontece, o que se perde é o prosseguimento, é o futuro. E o futuro é virtual, uma expectativa de algo que damos como certo, mas não é. Não se perde o passado. Isso pode parecer meramente racional – e é, porque a emoção não se traduz. Não se perde alguém que existiu. O que se perde é uma expectativa. Isso não é consolo, mas pode ajudar a retomar a vida. Pensar não no que perdi, mas no que tive o privilégio de viver. O passado precisa ser uma referência para a gente se nutrir. E não para se lamentar. Há várias formas de conviver com a saudade”.

Um comentário:

  1. Eu também tenho uma visão muito radical de algumas revistas...pra citar um exemplo só, a Carta Capital...não exporei aqui as minhas opiniões a respeito, mas aprendi algo muito importante na Faculdade. Um professor meu, anarquista, lia o Estado de S. Paulo e quando demonstramos nossa estranheza, ele respondeu: como critica-los se não os leio??? Foi aí que perdi um pouquinho da minha marra...e, pasme, assinei a Caros Amigos por três anos!!! Em suma, ler é importante. Compreender o contexto em que o texto se insere é importante. Relevar a natureza das revistas é um exercício...

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