quinta-feira, 30 de abril de 2009

Paranhos de Siqueira


MIÇANGAS

Garimpeiro do Ideal, eu desço, um dia,
ao pélago dos mares deste mundo,
em busca de um tesouro que fulgia
nos meus sonhos de poeta vagabundo.

E quanto mais, ousado, vou ao fundo,
na conquista de minha Fantasia,
mais a mão, que tateia o abismo imundo,
ao regressar à tona - vem vazia...

Súbito, de mistura à lama,
um cacho de ouro, cuja luz se inflama
em fulvos tons de formações losangas.

E vindo à superfície, verifico
que esse tesouro do meu sonho tão rico
não passou de um punhado de MIÇANGAS

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