sexta-feira, 21 de dezembro de 2007
terça-feira, 18 de dezembro de 2007
Muitas pessoas ficam extremamente deprimidas na época do Natal e do final de ano. Geralmente fizeram vários planos, esperando que houvesse mudanças em suas vidas, mas estas não aconteceram. Sonharam com coisas novas, com um outro emprego, uma outra relação, ou aquisição de coisas materiais.
O ano passou, e elas não conseguiram atingir os objetivos estipulados, e olhando agora, assim por alto, tudo continua na mesma, ou até pior. Então, o coração se corrói. Sobra uma grande tristeza, e uma vontade de fugir e voltar apenas, quando todas estas festas tiverem passado. Elas fizeram do Natal, nada mais do que um prazo. Uma data onde deveriam prestar contas consigo mesmas. E sentem que falharam. Que fracassaram.
Natal não é isso. Não cabe tristeza, nesta época. Se você reformular um pouquinho os seus pensamentos, verá que pode arrancar este sentimento de ansiedade que lhe acomete. Natal representa o novo, e todo novo, é meio assustador. Ficamos á deriva de nós mesmos, e transformamos esta data, num compromisso estafante. Afinal, são presentes para se comprar, cartões para enviar. Precisamos também de roupas novas, dar um trato no visual, para não fazermos feio, nas reuniões familiares. E nem sempre, nossa situação financeira permite. Então, fazemos dívidas.
Quem disse que precisa ser assim? Liberte-se disso tudo, e veja apenas o óbvio: O pequeno aniversariante nasceu na mais absoluta pobreza, e a única coisa que Ele vem lhe pedir no Natal, é que você lhe conceda um pedacinho dentro do seu coração. Nada mais do que isso. Ele quer nascer dentro de você.
Isto é o que representa o Natal. Libertação de todas as coisas que nos pesam. Um recomeço e o nascimento do novo. E isso exige apenas um pouco de esforço da sua parte. Prepare-se desde agora. Faça uma lista das coisas que lhe causam dor, e tente eliminá-las de dentro de você. Guarda mágoa de alguém que lhe feriu? Dê o primeiro passo, e conceda seu perdão. Verá a sensação de alívio que sentirá. Aceite também que as pessoas são imperfeitas, e nem sempre percebem que lhe machucam. Muito bom arrancar uma mágoa. Sobra mais espaço para o amor, a partir de agora.
Faça também uma lista, de todas as pessoas que são importantes para você, e escreva o que cada uma delas lhe faz sentir. Seja agradecido e generoso. Depois de fazer isso, diga a elas de alguma forma. Escreva, mande um cartão, que contenha todo seu intenso sentimento. Percebeu? Este presente não custa nada, e os efeitos são inimagináveis. Todos precisamos nos sentir amados. Já pensou na sensação, na grande emoção que alguém sentirá, ao saber o que você sente por ele? Tente, e você poderá ter uma grande surpresa.
Passe o Natal com as pessoas que lhe são importantes. Não precisamos de grandes ceias, ou de ostentação. Aquele menino nasceu em uma Manjedoura, cercado pelos animais, e acalentando pelas estrelas. Em silêncio, nada pediu ao Grande Pai. Quis nascer como homem, e mesmo sendo Filho do Mestre dos Mestres, não quis fogos de artifício e nem luxo. É maravilhoso comemorar. Se isso fizer você feliz, faça-o, mas com toda pureza de seu coração. Despoje-se da vaidade, e concentre-se no grande amor que se fará partilha. Ofereça o banquete, como prova de seu amor maior Àquele que veio, para ser a Paz do mundo.
Natal é amor puro. É a prova de que, Alguém nos amou profundamente. Somos frutos desta Luz intensa, e devemos partilhar este sentimento. Pensemos nos que comemoram esta data, absolutamente sozinhos, que não tem com quem compartilhar. Os que sofrem de frio e de fome. Os que estão dodói, em uma cama de algum hospital. Os idosos, em casas de repouso, que não recebem visitas. Os que estão em uma prisão, sonhando com a família.
É só olhar ao redor, para perceber o quanto somos abonados, e o quanto temos para agradecer. Por mais dura que seja a nossa prova, ainda temos forças para repartir com nosso próximo. Faça uma limpeza por dentro. Agradeça por tudo que você tem. Pode não ser tudo com o que você sonhou. Pode não ter realizado tudo a que se propôs, mas você fez muito. Cresceu e se tornou um ser muito melhor, neste ano que passou. É verdade. Seja honesto consigo mesmo, e verá quantos degraus subiu na escada da evolução.
E Jesus Menino, nascerá todo feliz, porque você abriu as portas de seu coração. Enfeitando com a Generosidade, com toda Pureza de suas intenções, e acendendo toda sua força de vontade. Obrigada por acolher a Esperança. Obrigada por dizer SIM ao Amor que nasce. Absorva toda energia que se derrama, nesta data, nos quatro cantos da Terra. Segure esta mão estendida, e renove a sua alma.
Você pode fazer um FELIZ NATAL!
sexta-feira, 14 de dezembro de 2007
Expectativa
O vento anda ficando mentiroso:
Prometeu trazer você, não trouxe,
de dizer o porquê, não disse;
Esperou que eu me distraísse,
passou com pressa rumo ao horizonte.
Já não tem importância
que cometa outra vez
um ato de inconstância.
Aprendi a esperar.
Se ventos são capazes de levar embora,
a qualquer hora.
Também serão capazes de fazer voltar.
Flora Figueiredo
quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
“Em alguma outra vida, devemos ter feito algo de muito grave para sentirmos tanta saudade."
Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, doem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é a saudade. Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que morreu, do amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade.
Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa. Doem essas saudades todas. Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida.
Você podia ficar na sala e ela no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o dentista e ela para a faculdade, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-la, ela o dia sem vê-lo, mas sabiam-se amanhã. Contudo, quando o amor de um acaba, ou torna-se menor, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.
Saudade é basicamente não saber. Não saber mais se ela continua fungando num ambiente mais frio. Não saber se ele continua sem fazer a barba por causa daquela alergia. Não saber se ela ainda usa aquela saia. Não saber se ele foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ela tem comido bem por causa daquela mania de estar sempre ocupada, se ele tem assistido as aulas de inglês, se aprendeu a entrar na Internet e encontrar a página do Diário Oficial, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua preferindo Malzebier, se ela continua preferindo suco, se ele continua sorrindo com aqueles olhinhos apertados, se ela continua dançando daquele jeitinho enlouquecedor, se ele continua cantando tão bem, se ela continua detestando o McDonald's, se ele continua amando, se ela continua a chorar até nas comédias.
Saudade é não saber mesmo! Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche. Saudade é não querer saber se ela está com outro, e ao mesmo tempo querer. É não saber se ele está feliz, e ao mesmo tempo perguntar a todos os amigos por isso... É não querer saber se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais saber de quem se ama, e ainda assim doer. Saudade é isso que senti enquanto estive escrevendo o que você, provavelmente, está sentindo agora depois que acabou de ler...
terça-feira, 11 de dezembro de 2007
Talvez seja melhor assim, querida!
Depois daquele beijo repentino,
teremos a existência resumida
entre os pecados deste amor divino.
É triste renunciar... O desatino,
a mágoa, o dissabor da despedida,
hão de amargar tão fundo o meu destino,
que nem sei que será da minha vida.
Faça de conta que foi tudo um sonho,
linda visão dos versos que componho,
nas vigílias da angústia que me agita.
E ficarei, na insensatez de amá-la,
gritando tudo que a minha alma cala,
calando tudo que a minha alma grita...
segunda-feira, 10 de dezembro de 2007
Gostaria
Queria compartilhar contigo os momentos mais simples
e sem importância.Por exemplo:
sair contigo para passear, sentir-te apoiada em meu braço,
ver-te feliz ao meu lado
alheia a todo mundo que passasse.
Gostaria de sair contigo para ouvir música, ir ao cinema,
tomar sorvete, sentar num restaurante
diante do mar,
olhar as coisas, olhar a vida, olhar o mundo
despreocupadamente,
e conversar sobre "nós" – esse "nós" clandestino
que se divide em "tu e eu"
quando chega gente.
Encontrar alguém que perguntasse: "Então, como vão vocês?"
E me chamasse pelo nome, e te chamasse pelo nome
e juntasse assim nossos nomes, naturalmente,
na mesma preocupação.
Gostaria de poder de repente te dizer:
Vamos voltar pra casa...
( Como se felicidade pudesse ser uma coisa
a que tivéssemos direito como toda gente)
Queria partilhar contigo os momentos menores
da minha vida,
porque os grandes já são teus.
(Poema de JG de Araujo Jorgedo livro – A Sós – 1958 )
terça-feira, 27 de novembro de 2007
Invencionices...
"Ao perder-te a ti perdemos tu e eu: eu porque tu eras o que eu mais amava e tu porque eu era quem mais te amava. Mas de nós dois és tu quem mais perde, porque eu poderei amar outras como te amava a ti mas a ti não hão-de amar como eu te amava." Ernesto Cardenal
segunda-feira, 26 de novembro de 2007
Chuva , Chuvisco, Chuvarada!!!!!!
quarta-feira, 21 de novembro de 2007
Um anjinho sem asas na minha vida
quinta-feira, 8 de novembro de 2007
A VOZ DO SILÊNCIO
Simples, rápido! E quanta força!
Imediatamente me veio à cabeça situações em que o silêncio me disse verdades terríveis, pois você sabe, o silêncio não é dado a amenidades.
Um telefone mudo. Um e-mail que não chega.Um encontro onde nenhum dos dois abre a boca.
Silêncios que falam sobre desinteresse, esquecimento, recusas.
Quantas coisas são ditas na quietude, depois de uma discussão.
O perdão não vem, nem um beijo, nem uma gargalhada para acabar com o clima de tensão.
Só ele permanece imutável, o silêncio, a ante-sala do fim.
É mil vezes preferível uma voz que diga coisas que a gente não quer ouvir, pois ao menos as palavras que são ditas indicam uma tentativa de entendimento.
Cordas vocais em funcionamento articulam argumentos, expõem suas queixas, jogam limpo.
Já o silêncio arquiteta planos que não são compartilhados.
Quando nada é dito, nada fica combinado.
Quantas vezes, numa discussão histérica, ouvimos um dos dois gritar:"Diz alguma coisa, mas não fica aí parado me olhando!
"É o silêncio de um, mandando más notícias para o desespero do outro.
É claro que há muitas situações em que o silêncio é bem-vindo.
Para um cara que trabalha com uma britadeira na rua,o silêncio é um bálsamo.
Para a professora de uma creche, o silêncio é um presente.
Para os seguranças de um show de rock, o silêncio é um sonho.
Mesmo no amor, quando a relação é sólida e madura, o silêncio a dois não incomoda, pois é o silêncio da paz.
O único silêncio que perturba, é aquele que fala. E fala alto.
É quando ninguém bate à nossa porta, não há emails na caixa de entrada não há recados na secretária eletrônica e mesmo assim, você entende a mensagem.
Marta Medeiros