quinta-feira, 8 de outubro de 2009


"Conta-se, na tradição árabe, que dois amigos viajavam pelo deserto juntos. Num momento de crise, depois de uma discussão, um deles esbofeteou o outro.

Aquele que foi ofendido, em silêncio afastou-se e escreveu na areia: "Hoje meu amigo me deu bateu no rosto".

A viagem prosseguiu, entre o sol e as areias a se perderem de vista. Dias depois, ao se depararem com um oásis, os dois correram e mergulharam na água.

Aquele que tinha sido ofendido e esbofeteado, começou a se afogar. O amigo o salvou.

Ele, então, aproximou-se de uma grande pedra, pegou seu canivete e escreveu: " Hoje meu amigo salvou minha vida".

O outro, intrigado, perguntou: "Por que, quando te bati e ofendi, você escreveu isso na areia? Agora, quando te salvei, você registrou isso na pedra?"

Olhando o amigo nos olhos, o que foi ofendido, e depois salvo por ele, respondeu:

"Quando um amigo do coração nos ofende, devemos escrever isso onde o vento do perdão e do esquecimento se encarreguem de borrar e apagar a lembrança.

Mas nas ocasiões em que algo amoroso e nobre acontece, devemos deixar um registro na pedra da memória e do coração, onde vento ou tempestade alguma poderão apagá-lo".

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