quarta-feira, 28 de setembro de 2011

O AMOR NO COLO


A dor não pede compreensão, pede respeito. Não abandonar a cadeira, ficar sentado na posição em que ela é mais aguda. 
Vejo homens que não têm coragem de terminar o relacionamento. Que não esclarecem que acabou. Que deixam que os outros entendam o que desejam entender. Que preferem fugir do barraco e do abraço esmurrado. Saem de mansinho, explicando que é melhor assim: não falar nada, não explicar, acontece com todo mundo. 
Encostam a porta de sua casa (não trancam) e partem para outra vida. 
Não é melhor assim. Não tem como abafar os ruídos do choro. O corpo não é um travesseiro. Seca com os soluços. 
Não é melhor assim. Haverá gritos, disputa, danos. É como beber um remédio, sem empurrar a colher para longe ou moldar cara feia. É engolir o gosto ruim da boca, agüentar o desgosto da falta do beijo. 
Será idiota recitar Vinicius de Moraes: "que seja infinito enquanto dure". A despedida não é lugar para poesia. Haverá uma estranha compaixão pelo passado, a língua recolhendo as lágrimas, o rosto pelo avesso.
Haverá sua mulher batendo em seu peito, perguntando: "Por que fez isso comigo?" 
Haverá a indignação como última esperança. 
Haverá a hesitação entre consolar e brigar, entre devolver o corte e amparar. 
Vejo homens que somente encontram força para seduzir uma mulher, não para se distanciar dela. 
Para iniciar uma história, não têm medo, não têm receio de falar. 
Para encerrar, são evasivos, oblíquos, falsos. Mandam mensageiros. 
Não recolhem seus pertences na hora. Voltarão um novo dia para buscar suas coisas. 
Não toleram resolver o desespero e datar as lembranças. Guardam a risada histérica para o domingo longe dali. 
Mas estar ali é o que o homem precisa. Não virar as costas. Fechar uma história é manter a dignidade de um rosto levantado, ouvindo o que não se quer escutar. Espantado com o que se tornou para aquela mulher que amava. Porque aquilo que ela diz também é verdade. Mesmo que seja desonesto. 
Desgraçadamente, há mais desertores do que homens no mundo. 
Deveriam olhar fora de si. Observar, por exemplo, a dor de uma mãe que perde seu filho no parto. 
O médico colocará o filho morto no colo materno. É cruel e - ao mesmo tempo - necessário. Para que compreenda que ele morreu. Para que ela o veja e desista de procurá-lo. Para que ela perceba que os nove meses não foram invenção, que a gestação não foi loucura. Que o pequeno realmente existiu, que as contrações realmente existiram, que ela tentou trazê-lo à tona. Que possa se afastar da promessa de uma vida, imaginar seu cheiro e batizar seu rosto por um instante. 
Descobrir a insuportável e delicada memória que teve um fim, não um final feliz. 
Ainda que a dor arrebente, ainda é melhor assim.


Fabrício Carpinejar.



Por uma série de razões pensei se deveria postar esse texto, mas não poderia passar impunemente por ele. 
Nossos dramas pessoais são cíclicos e  volta e meia estão por aí, a nos espreitar. Mesmo que não bata à nossa porta, está sempre rondando as pessoas mais vulneráveis que nos são queridas. Éssa é a grande ironia da vida.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

CHOCOLATE QUENTE



Um grupo de jovens formados e bem estabelecidos em suas carreiras, estavam conversando sobre suas vidas em uma reunião de ex-colegas. Então decidiram que visitariam um velho professor do tempo de faculdade, 
agora aposentado, e que fora sempre uma inspiração para eles.

Durante a visita, o bate-papo se transformou em reclamação sobre o estresse em seus trabalhos, vidas e relacionamentos.

Ao oferecer chocolate quente a seus visitantes, o professor foi na cozinha e retornou com uma jarra cheia da bebida e com uma variedade grande de canecos. Alguns deles eram de porcelana, outros de vidro, outros de cristal… uns simples, outros bem caros e bonitos, e outros bem feios. Então ele convidou cada um a se servir da bebida.
Quando todos eles já estavam com o chocolate quente em mãos, o professor compartilhou seu pensamento...
Percebam que todos os canecos caros e bonitos foram os escolhidos, e que os simples e baratos foram deixados na mesa.
Embora vocês achem normal desejarem somente os melhores para si, é aí que está a fonte de seus problemas e estresse.
O caneco no qual você está bebendo, não acrescenta nada à qualidade da bebida. Na maioria das vezes, ele é apenas mais caro. Às vezes, ele até esconde o que estamos bebendo.
"O que cada um de vocês queria, na verdade, era chocolate quente. Vocês não queriam o caneco mas vocês conscientemente escolheram os melhores.
E logo vocês começaram a olhar uns para os canecos dos outros.
Agora amigos, por favor, considerem o seguinte . . .
A vida é o chocolate quente. . . Seu emprego, seu dinheiro, e sua posição na sociedade são os canecos.
Eles são apenas ferramentas que fazem parte da vida.
"Os canecos que vocês têm em mãos, não definem nem mudam a qualidade de vida que vocês vivem.
“Às vezes, ao concentrarmos somente no caneco, deixamos de saborear o chocolate quente que Deus tem nos ofertado.
Lembrem-se sempre disto . . .  Deus provê o chocolate. Ele não escolhe o caneco.
As pessoas mais felizes não são as que têm o melhor de tudo.
Mas simplesmente as que fazem o melhor de tudo que têm!
Viva simplesmente . . .  Ame generosamente . . .  Cuide-se imensamente . . . Fale bondosamente . . . 
Deixe o resto com Deus. e lembre-se Os mais ricos não são os que têm mais, mas os que precisam de menos.  

CARREGUE APENAS A SUA MALA



Texto de Paulo Roberto Gaefke
Observando algumas formigas no jardim aqui de casa, percebi que todas seguiam uma mesma rota carregando folhas maiores que elas mesmas. Mas seguiam firme em direção ao formigueiro que descobri poucos passos adiante, o que para elas deveria representar uma grande viagem.
De repente percebo que uma delas está com uma folha exageradamente grande nas costas. Deveria ser pelo menos vinte vezes maior que ela e seu esforço era notado a distância.
Fiquei ali imaginando o orgulho dessa formiga presunçosa, carregando aquela folha gigantesca... E como ela deveria estar ansiosa em mostrar a formiga rainha como ela era forte, como ela era capaz, quem sabe até ganharia uma promoção.
Enquanto a fila de formigas seguia em direção ao formigueiro, essa formiga girava em volta de si mesma, sem conseguir sair do lugar, seu esforço era tão grande que mal avançava um passo, voltava dois para trás. Estava tão cega, tão entretida na sua luta de carregar aquele mundão nas costas que nem percebeu que todas as formigas largaram as folhas para escapar do pé de um menino que vinha correndo atrás de uma bola.
As formigas escaparam por pouco, mas nossa amiguinha não teve a mesma sorte... Morreu esmagada, agarrada à sua folha gigante.
Moral da História
Assim como a formiga, nós seres humanos inteligentes e sensíveis, vez em quando queremos carregar mais coisas em nossas costas do que podemos suportar. Os problemas dos outros, as dores do mundo e a ganância de querer sempre mais, de ser mais e melhor e quando acordamos para a realidade estamos esmagados pelo peso de nossa insensatez.
Cuide mais de você, o dia passa, as pessoas passam, o tempo passa, mas você fica, você será a sua eterna companhia. Todos podem até fugir de você, mas você não pode fugir desse encontro com você mesmo, com a sua paz interior, com a sua felicidade. Por amor a você, carregue apenas a sua mala e de preferência, o mais vazia possível!

O GUARDIÃO DO CASTELO


Certo dia, num mosteiro zen-budista, com a morte do guardião foi preciso encontrar um substituto. O grande Mestre convocou então todos os discípulos para determinar quem seria o novo sentinela. O Mestre, com muita tranqüilidade, falou:
- “Assumirá o posto o primeiro monge que resolver o problema que vou apresentar.”
Então, ele colocou uma mesinha magnífica no centro da enorme sala em que estavam reunidos e, em cima dela, pôs um vaso de porcelana muito raro, com uma rosa amarela de extraordinária beleza a enfeitá-lo e disse apenas:
- “Aqui está o problema!” Todos ficaram olhando a cena. O vaso belíssimo, de valor inestimável, com a maravilhosa flor ao centro. O que representaria? O que fazer? Qual o enigma?
Nesse instante, um dos discípulos sacou a espada, olhou o Mestre, os companheiros, dirigiu-se ao centro da sala e … ZAPT … destruiu tudo, com um só golpe. Tão logo o discípulo retornou a seu lugar, o Mestre disse:
- “Você será o novo Guardião do Castelo.”
Moral da História: Não importa qual o problema. Nem que seja algo lindíssimo. Se for um problema, precisa ser eliminado. Um problema é um problema. Mesmo que se trate de uma mulher sensacional, um homem maravilhoso ou um grande amor que se acabou. Por mais lindo que seja ou, tenha sido, se não existir mais sentido para ele em sua vida, tem que ser suprimido.
Muitas pessoas carregam a vida inteira o peso de coisas que foram importantes no passado, mas que hoje somente ocupam um espaço inútil em seus corações e mentes. Espaço esse indispensável para recriar a vida. Existe um provérbio oriental que diz: “Para você beber vinho numa taça cheia de chá é necessário primeiro jogar o chá fora, para então, beber o vinho.”
Limpe a sua vida, comece pelas gavetas, armários, até chegar às pessoas do passado que não fazem mais sentido estar ocupando espaço em seu coração. O passado serve como lição, como experiência, como referência. Serve para ser relembrado e não revivido. 

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Telefone sem fio na 3ª idade










Cuide bem do seu leão


Em vez de matar um leão por dia, aprenda a amar o seu


Outro dia, tive o privilégio de fazer algo que adoro: fui almoçar com um amigo, hoje chegando perto de seus 70 anos.  Gosto disso. São raras as chances que temos de escutar suas histórias e absorver um pouco de sabedoria das pessoas que já passaram por grandes experiências nesta vida.
Depois de uma almoço longo, no qual falamos bem pouco de negócios mas muito sobre a vida, ele me perguntou sobre meus negócios. Contei um pouco do que estava fazendo e, meio sem querer, disse a ele: “Pois é. Empresário, hoje, tem de matar um leão por dia”. Sua resposta, rápida e afiada, foi: “Não mate seu leão. Você deveria mesmo era cuidar dele”.

Fiquei surpreso com a resposta e ele provavelmente deve ter notado minha supresa, pois me disse: “Deixe-me lhe contar uma história que quero compartilhar com você”.  Segue mais ou menos o que consegui lembrar da conversa:

“Pierre, existe um ditado popular antigo que diz que temos de "matar um leão por dia".  E por muitos anos, eu acreditei nisso, e acordava todos os dias querendo encontrar o tal leão. A vida foi passando e muitas vezes me vi repetindo essa frase. 

Quando cheguei aos 50 anos, meus negócios já tinham crescido e precisava trabalhar um pouco menos, mas sempre me lembrava do tal leão. Afinal, quem não se preocupa quando tem de matar um deles por dia?

Pois bem. Cheguei aos meus 60 e decidi que era hora de meus filhos começarem a tocar a firma. Mas qual não foi minha surpresa ao ver que nenhum dos três estava preparado! A cada desafio que enfrentavam, parecia que iam desmoronar emocionalmente. Para minha tristeza, tive de voltar à frente dos negócios, até conseguir contratar o Paulo, que hoje é nosso diretor geral. 

Este “fracasso” me fez pensar muito. O que fiz de errado no meu plano de sucessão? Hoje, do alto dos meus quase 70 anos, eu tenho uma suspeita: a culpa foi do leão”. Novamente, eu fiz cara de surpreso. O que o leão tinha a ver com a história?
 Ele, olhando para o horizonte, como que tentando buscar um passado distante, me disse: “É. Pode ser que a culpa não seja cem por cento do leão, mas fica mais fácil de justificar desta forma. Porque, desde quando meus filhos eram pequenos, dei tudo para eles. Uma educação excelente, oportunidade de morar no exterior, estágio em empresas de amigos. Mas ao dar tudo a eles, esqueci de dar um leão para cada, que era o mais importante. Meu jovem, aprendi que somos o resultado de nossos desafios. Com grandes desafios, nos tornamos grandes. Com pequenos desafios, nos tornamos pequenos. Aprendi que, quanto mais bravo o leão, mais gratos temos de ser. 
Por isso, aprendi a não só respeitar o leão, mas a admirá-lo e a gostar dele. Que a metáfora é importante, mas errônea: não devemos matar um leão por dia, mas sim cuidar do nosso. Porque o dia em que o leão em nossas vidas morre, começamos a morrer junto com ele.”

Depois daquele dia, decidi aprender a amar o meu leão. E o que eram desafios, se tornaram oportunidades. Para crescer, ser mais forte, e “me virar” nesta selva em que vivemos.

Pierre Schürmann
Filho mais velho da primeira família brasileira a dar uma volta ao mundo de veleiro, é amante da vida simples.
Então o amor e a amizade são isso. Não prendem, não escravizam, não apertam, não sufocam. Porque quando vira nó, já deixou de ser laço. 
Mário Quintana

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Solidão à dois

Ontem estive na casa do meu tio e me diverti muito.
Vi minha prima se preparando para a chegada de seu namorado arrumou os cabelos e se perfumou, colocou uma roupa alegre e jovial e correu de um lado pro outro vistoriando tudo detalhadamente para que seu amor não encontrasse nada fora do lugar.
O namorado chegou cheiroso usando uma loção especial e quando seus olhos se encontraram parecia que os dois estavam flutuando no ar.
Minha prima logo lhe ofereceu algo para beber e apressou-se a apresentar algumas guloseimas que ela mesma preparou durante a tarde.
Ele elogiou tudo que ela preparou e agradeceu pelo delicioso jantar e logo sentaram-se e passaram a brincadeiras e sorrisos por um longo tempo nos momentos em que puderam ficar sós na sala , escutaram um ao outro sem perder detalhes de sua conversa e sem soltarem as mãos assim ficaram até a despedida que aconteceu quando meu tio começou a andar de um lado para o outro falando que já estava ficando tarde.
Voltei para minha casa e no dia seguinte perguntei a minha mamãe:
_ Mamãe, quem é o seu namorado?
Ela sorriu e disse que seu namorado é o meu papai.
Eu retruco que não é o meu papai e que a pergunta é séria, mas ela insiste reafirmando que seu namorado é o meu papai.
Ora mamãe, como é que teu namorado é o meu papai se nunca o vi chegar com flores e chocolates?
Como é o teu namorado o meu papai se ele só te dá presentes no teu aniversário e no Natal? E nunca o vi dar-te um presente só por estar chegando em casa?
Como é o teu namorado o meu papai se nunca te preparas ou melhoras o teu vestir quando papai está para chegar em casa depois do trabalho?
E ele que nem sorri encantado quando olha para ti?
Como o teu namorado é o meu papai se não corres para ajeitar o penteado ou retocar o baton quando ouve o ruído da chegada dele e apenas te voltas para dizer”alô”?
E o meu papai ao invés de dizer “oi meu amor”, diz apenas “que dia duro tive hoje”! E troca logo de roupa procurando ficar mais confortável em frente a televisão?
Como é que meu papai é teu namorado se não perguntas o que ele gostaria de jantar e sim exclamas:
_O que queres jantar?
E quando espero meu papai dizer “ que bonita estás”!, ele pergunta onde está o controle remoto da televisão.
Os namorados dizem coisas românticas, eles dizem “como te amo”, ao invés de perguntar: “foste ao banco?”
Minha prima e seu namorado não param de se olharem, mas quando mamãe passa em frente a televisão papai se inclina para não perder o que está na tela.
Eu acho que ela me disse que eles são namorados para eu não saber que romperam o namoro logo depois que casaram.
Na verdade papai não tem namorada e mamãe não tem namorado!
Que aborrecido isso, são apenas marido e mulher!!!

Amadurecimento

Aprenda a gostar de você.

A cuidar de você e principalmente a gostar de quem também gosta de você...

A idade vai chegando e com o passar do tempo nossas prioridades na vida vão mudando...

A vida profissional, a monografia de final de curso, as contas a pagar.

Mas uma coisa parece estar sempre presente...

A busca pela felicidade com amor de sua vida. Desde pequenos ficamos nos perguntando:"Quando será que vai chegar?"

E a cada nova paquera, vez ou outra ,nos pegamos na dúvida:"Será que é ele(ela) ?"

Como dizia meu pai :"Nessa idade tudo é definitivo", pelo menos a gente achava que era.
Cada namorado era o novo homem da sua vida.

Faziam planos, escolhiam o nome dos filhos,o lugar da lua-de-mel e ,de repente..plaft!

Como num passe de mágica, ele desaparecia fazendo criar mais expectativa a respeito
"do próximo" .

Você percebe que cair numa guerra, quando se termina um namoro, é muito natural, mas que já não dura mais de três meses...

Agora você procura melhor e começa a ser mais seletiva.

Procura um cara formado, trabalhador,bem resolvido, inteligente, com aquele papo que a deixa sentada no bar o resto da noite.

Você procura por alguém que cuide de você quando está doente.

Que não reclame em trocar aquele churrasco dos amigos pelo aniversário da sua avó.

Que jogue "imagem e ação" e se divirta como uma criança, que sorria da felicidade quando te olha, mesmo quando está de short, camiseta e chinelo.

A liberdade, ficar sem compromisso, sair sem dar satisfação já não tem o mesmo valor que tinha antes.

A gente inventa um monte de desculpas esfarrapadas, mas continuamos com a procura incessante por uma pessoa que seja realmente legal.

Enquanto tivermos maquiagem e perfume, vamos a luta ...

E haja dinheiro para manter a presença em todos os eventos da cidade:

Churrasco, festinhas, boites na quinta-feira.

Mas o melhor dessa parte é se divertir com os amigos.

Rir até doer a barriga.

Fazer aqueles passinhos bregas de antigamente, curtir o som.

Olhar para o teto, cantar bem alto aquela música que você adora.

Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com outra pessoa você precisa em primeiro lugar, não precisar dela.

Percebe também que aquele cara que você ama ou acha que ama, e não quer nada com você, definitivamente não é o homem de sua vida.

Você aprende a gostar de você.

A cuidar de você.

E principalmente a gostar de quem também gosta de você.

O segredo é não correr atrás das borboletas ...

É cuidar do jardim para que elas venham até você.

No final das contas, você vai achar, não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você.



Mário Quintana

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Samurai sábio



Conta-se que perto de Tóquio vivia um grande Samurai. Já com uma certa idade, ele dedicava-se então a ensinar o Zen aos jovens. Apesar da sua idade, corria a história de que ainda era capaz de derrotar qualquer adversário.

Certa tarde apareceu por ali um jovem guerreiro conhecido pela sua total falta de escrúpulos. Era famoso por usar a técnica da provocação e da humilhação.
Utilizando as suas habilidades para provocar, esperava que o seu adversário fizesse o primeiro movimento e, dotado de inteligência e agilidade, contra-atacava com velocidade fulminante.
Este jovem e impaciente guerreiro jamais havia perdido uma luta.

Assim que soube da reputação do velho Samurai, propôs-se a não sair dali sem antes derrotá-lo e aumentar sua fama.
Todos os discípulos do Samurai se manifestaram contra a ideia, mas o velho mestre aceitou o desafio.

Foram todos para a praça da pequena cidade e diante dos olhares espantados, o jovem guerreiro começou a insultar e a provocar o velho mestre.
Chutou algumas pedras na sua direcção, cuspiu no seu rosto, gritou todos os insultos conhecidos, ofendendo os seus ancestrais.

Durante horas fez tudo para provocá-lo mas o velho mestre permaneceu sereno e impassível.

No final da tarde, sentindo-se já exausto e humilhado, o impetuoso guerreiro retirou-se.

Desapontados pelo facto de o mestre ter aceitado calado tantos insultos e provocações, os alunos perguntaram:
- Como é que senhor pode suportar tanta indignidade? Por que não usou sua espada, mesmo sabendo que podia perder a luta, em vez de mostrar-se cobarde diante de todos nós?

O sábio ancião olhou calmamente para os alunos e, fixando o olhar num deles perguntou-lhe:
- Se alguém chega até si com um presente que lhe oferece mas você não o aceita, com quem fica o presente?
- Com quem tentou entregá-lo, respondeu o discípulo.
- Pois bem, o mesmo vale para qualquer outro tipo de provocação e também para a inveja, a raiva, e os insultos, disse o mestre. Quando não são aceites, continuam pertencendo a quem os carregava consigo.

(autor desconhecido)

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Para praticarmos sempre...



1. Caminhe de 10 a 30 minutos, todos os dias, e sorria enquanto caminha.

2. Ore na intimidade com Deus pelo menos 10 minutos por dia, em segredo, se for necessário. 


3. Escute boa música todos os dias. A música é um autêntico alimento para o espírito.

4. Ao se levantar de manhã, fale "Deus, meu Pai, Te agradeço por este novo dia".

5. Viva com os 3 "E": Energia, Entusiasmo e Empatia.

6. Participe de mais brincadeiras do que no ano passado.

7. Sorria mais vezes do que o ano passado.

8. Olhe para o céu pelo menos uma vez por dia e sinta a majestade do mundo que rodeia você.
 

9. Sonhe mais, estando acordado.

10. Coma mais alimentos que crescem nas árvores e nas plantas, e menos alimentos industrializados.

11. Coma nozes e frutas silvestres. Tome chá verde, muita água e um cálice de vinho ao dia. Cuide de brindar sempre por alguma das muitas coisas belas que existem em sua vida e, se possível, faça em companhia de quem você ama. 


12. Faça rir pelo menos 3 pessoas por dia.

13. Elimine a desordem de sua casa, seu carro e seu escritório. Deixe que uma nova energia flua em sua vida.
 
14. Não gaste seu precioso tempo em fofocas, coisas do passado, pensamentos negativos ou coisas fora de seu controle. Melhor investir sua energia no positivo do presente.

15. Tome nota: a vida é uma escola e você está aqui para aprender. Os problemas são lições passageiras, o que você aprende com eles é o que fica.

16. Tome o café da manhã como um rei, almoce como um príncipe e jante como um mendigo.
 
17. Sorria mais.

18. Não deixe passar a oportunidade de abraçar quem você ama. Um abraço!

19. A vida é muito curta para você desperdiçar o tempo odiando alguém.

20. Não se leve tão a sério. Ninguém faz isto.

21. Não precisa ganhar cada discussão. Aceite a perda e aprenda com o outro.

22. Fique em paz com o seu passado para não estragar o seu presente.

23. Não compare sua vida com a dos outros. Você não sabe como foi o caminho que eles tiveram que trilhar na vida.

24. Ninguém está tomando conta da sua felicidade a não ser você mesmo.

25. Lembre que você não tem o controle dos acontecimentos, mas sim do que você faz deles.

26. Aprenda algo novo cada dia.

27. O que os outros pensam de você não é de sua conta.

28. Ajude sempre os outros. O que você semeia hoje colherá amanhã.

29. Não importa se a situação é boa ou ruim, ela mudará.

30. O seu trabalho não cuidará de você quando você estiver doente. Seus amigos sim. Mantenha contato com seus amigos.

31. Descarte qualquer coisa que não for útil, bonita ou divertida.

32. A inveja é uma perda de tempo. Você já tem o que você precisa.

33. O melhor está ainda por vir.

34. Não importa como você se sente: levante, se vista e participe.

35. Ame sempre com todo o seu ser.

36. Telefone para seus parentes frequentemente e mande e-mails dizendo: Oi, estou com saudades de vocês!

37. Cada noite, antes de deitar, agradeça a Deus por mais um dia vivido.
 
38. Lembre que você está muito abençoado para estar estressado.

39. Desfrute da viagem da vida. Você só tem uma oportunidade, tire dela o maior proveito.

40. A vida é bela. Desfrute dela enquanto você pode.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

A canoa






Em um largo rio, de difícil travessia, havia um barqueiro que atravessava as pessoas de um lado para o outro. Em uma das viagens, iam um advogado e uma professora. Como quem gosta de falar muito, o advogado pergunta ao barqueiro:
"Companheiro, você entende de leis?"
"Não", respondeu o barqueiro.
E o advogado compadecido: "É uma pena, você perdeu metade da vida!"
A professora muito social entra na conversa: "Seu barqueiro, você sabe ler e escrever?"
"Também não", responde o remador.
"Que pena!" - condói-se a mestra - "Você perdeu metade da vida!"
Nisso chega uma onda bastante forte e vira o barco.
O canoeiro preocupado, pergunta: "Vocês sabem nadar?"
"NÃO", responderam eles rapidamente.
"Então é uma pena", concluiu o barqueiro, "vocês perderam toda a vida!"
Conclusão:
"Não há saber mais ou saber menos: Há saberes diferentes".

A vida só se compreende mediante um retorno ao passado, mas só se vive para diante.
 Soren Kierkegaard

Cadê a coragem de perguntar a data?


segunda-feira, 5 de setembro de 2011

"Fiz o que quis e fiz com paixão. Se a paixão estava errada, paciência. Não fiquei vendo a vida passar, sempre acompanhei o desfile".
 Mário Lago