sexta-feira, 30 de maio de 2008



Amo tempestade...amo chuva...
Cai uma tempestade agora...e eu ao som de Besame , com Leila Pinheiro...
Ontem foi uma noite ruim, de muita solidão. Teorizei bastante sobre isso, mas na hora de salvar, caiu a conexão. Perdi todo o meu sentimento expresso rsrsrs.
Continuo triste e com aquela sensação amarga da ausência.
Adoro chuva! Acho que ela carrega toda a melancolia que me define. Ela me esconde, confunde, camufla.
Sempre me senti um pouco bruxa, mas apesar da moça do tempo garantir que teríamos chuva e vento forte, ainda sim acredito que tem um dedinho meu nessa tempestade de agora cedo. Como disseram os inquisidores sobre as mulheres, temos o dom de provocar fenômenos naturais.
Hj estou assim, cinza como essa manhã chuvosa...fria como a sensação térmica que permeia a atmosfera.
Vazio.
Sinto necessidade da entrega, mas não vejo o cais. Um cais confuso, dúbio, instável.
Justo comigo, que sempre quis o envolvimento?


Ausência
Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços, que rio e danço e invento exclamações alegres, porque a ausência, essa ausência assimilada,ninguém a rouba mais de mim.
Carlos Drummond de Andrade

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