terça-feira, 25 de outubro de 2011

O primeiro ano do meu anjo Laura

Eu tenho tanto pra lhe falarMas com palavras não sei dizerComo é grande o meu amor por vocêE não ha nada pra compararPara poder lhe explicarComo é grande o meu amor por vocêNem mesmo o céu, nem as estrelasNem mesmo o mar e o infinitoNão é maior que o meu amor, nem mais bonitoMe desespero a procurarAlguma forma de lhe falarComo é grande o meu amor por vocêNunca se esqueça nem um segundoQue eu tenho o amor maior do mundoComo é grande o meu amor por você
Não existem palavras para expressar a emoção de ser mãe dessa criança linda, de cabelos encaracolados como os dos anjinhos.Seus olhos são doces e seu sorriso conforta qualquer coração, expulsa todo o cansaço e faz valer a pena estar nessa terra.Obrigada Laura, por existir na minha vida, por dar a ela ainda mais significado.Meu comprometo a lhe ensinar e acreditar que é possível ser feliz.Te amo Pêti!



segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Filhos



“Devemos criar os filhos para o mundo. Torná-los autônomos, libertos, até  de nossas ordens. A partir de certa idade, só valem conselhos.
Especialistas ensinaram-nos a acreditar que só esta postura torna adulto aquele bebê que um dia levamos na barriga. E a maioria de nós pais acredita e tenta fazer isso. O que não nos impede de sofrer quando fazem escolhas diferentes daquelas que gostaríamos ou quando eles próprios sofrem pelas escolhas que recomendamos.
Então, filho é um ser que nos emprestaram para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem.
Isto mesmo! Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente da incerteza de estar agindo corretamente e do medo de perder algo tão amado.
Perder? Como? Não é nosso, recordam-se? Foi apenas um empréstimo! Então, de quem são nossos filhos? Eu acredito que são de Deus, mas com respeito aos ateus digamos que são deles próprios, donos de suas vidas, porém, um tempo precisaram ser dependentes dos pais para crescerem, biológica, sociológica, psicológica e emocionalmente.
E o meu sentimento, a minha dedicação, o meu investimento? Não deveriam retornar em sorrisos, orgulho, netos e amparo na velhice? Pensar assim é entender os filhos como nossos e eles, não se esqueçam, são do mundo!
Volto para casa ao fim do plantão, início de férias, mais tempo para os fllhos, olho meus pequenos pimpolhos e penso como seria bom se não fossem apenas empréstimo! Mas é. Eles são do mundo. O problema é que meu coração já é deles.
Santo anjo do Senhor…
É a mais concreta realidade. Só resta a nós, mães e pais, rezar e aproveitar todos os momentos possíveis ao lado das nossas ‘crias’, que mesmo sendo ‘emprestadas’ são a maior parte de nós !!! “
José Saramago
Há um comentário que nega a autoria deste texto, fica assim aqui o registro.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Despedida

Despedida

Se tiver que ir,
vai.
O que fica pra trás,
não sendo mentira,
não racha,
nem rompe,
não cai.
Ninguém tira.
Já que vai,
segue se depurando pelo trajeto,
para desembarcar passado a limpo,
sem máscaras,
sem nada,
sem nenhum desafeto.
Quando chegar,
sobe ao ponto mais alto do lugar,
onde a encosta do mundo
faz a curva mais pendente.
E então acena.
De onde eu estiver, quero enxergar
esse momento em que você vai constatar
que a vida vale grandemente a pena.


[Flora Figueiredo] 


sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Gotas


Num quarto modesto, o doente grave pedia silêncio.
Mas a velha porta rangia nas dobradiças cada vez que alguém a abria ou fechava.
O momento solicitava quietude, mas não era oportuno para a reparação adequada.
Com a passagem do médico, a porta rangia, nas idas e vindas do enfermeiro, no trânsito dos familiares e amigos, eis a porta a chiar, estridente.
Aquela circunstância trazia ao enfermo e a todos que lhe prestavam assistência e carinho, verdadeira guerra de nervos.
Contudo, depois de várias horas de incômodo, chegou um vizinho e colocou algumas gotas de óleo lubrificante na antiga engrenagem e a porta silenciou, tranqüila e obediente.
A lição é singela, mas muito expressiva.
Em muitas ocasiões há tumulto dentro de nossos lares, no ambiente de trabalho, numa reunião qualquer.

São as dobradiças das relações fazendo barulho inconveniente. São problemas complexos, conflitos, inquietações, abalos...

Entretanto, na maioria dos casos nós podemos apresentar a cooperação definitiva para a extinção das discórdias.

Basta que nos lembremos do recurso infalível de algumas gotas de compreensão e a situação muda.
• Gotas de perdão acabam de imediato com o chiado das discussões mais calorosas. 
• Gotas de paciência, no momento oportuno, podem evitar grandes dissabores. 
• Poucas gotas de carinho penetram as barreiras mais sólidas e produzem efeitos duradouros e salutares. 
• Algumas gotas de solidariedade e fraternidade podem conter uma guerra de muitos anos. 
• É com algumas gotas de amor que as mães dedicadas abrem as portas mais emperradas dos corações confiados à sua guarda. 
• São as gotas de puro afeto que penetram e dulcificam as almas ressecadas de esposas e esposos, ajudando na manutenção da convivência duradoura. 
• Nas relações de amizade, por vezes, algumas gotas de afeição são suficientes para lubrificar as engrenagens e evitar os ruídos estridentes da discórdia e da intolerância. 
Dessa forma, quando você perceber que as dobradiças das relações estão fazendo barulho inconveniente, não espere que o vizinho venha solucionar o problema.
Lembre-se que você poderá silenciar qualquer discórdia lançando mão do óleo lubrificante do amor, útil em qualquer circunstância, e sem contra-indicação.
Não é preciso grandes virtudes para lograr êxito nessa empreitada.
Basta agir com sabedoria e bom senso.
Às vezes, são necessárias apenas algumas gotas de silêncio para conter o ruído desagradável de uma discussão infeliz.
E se você é daqueles que pensa que os pequenos gestos nada significam, lembre-se de que as grandes montanhas são constituídas de pequenos grãos de areia.