terça-feira, 23 de agosto de 2011

segunda-feira, 22 de agosto de 2011



O casamento feliz é uma longa conversa que nos

parecerá sempre demasiado curta.

Sabedoria Popular

A massacrante felicidade dos outros

Já devo ter postado esse texto da Martha Medeiros... tenho quase certeza!
Acho tudo isso tão parecido comigo que até me incomoda.
Passamos a vida toda esperando a hora da virada, o momento certo. E se esse momento não chegar nunca? E se ele já tiver passado?

Ao amadurecer, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco. Há no ar um certo queixume sem razões muito claras. Converso com mulheres que estão entre os 40 e 50 anos, todas com profissão, marido, filhos, saúde, e ainda assim elas trazem dentro delas um não-sei-o-quê perturbador, algo que as incomoda, mesmo estando tudo bem. De onde vem isso? Anos atrás, a cantora Marina Lima compôs com o seu irmão, o poeta Antonio Cícero, uma música que dizia: 'Eu espero/ acontecimentos/ só que quando anoitece/ é festa no outro apartamento' . Passei minha adolescência com esta sensação: a de que algo muito animado estava acontecendo em algum lugar para o qual eu não tinha convite. É uma das características da juventude: considerar-se deslocado e impedido de ser feliz como os outros são, ou aparentam ser. Só que chega uma hora em que é preciso deixar de ficar tão ligada na grama do vizinho. As festas em outros apartamentos são fruto da nossa imaginação, que é infectada por falsos holofotes, falsos sorrisos e falsas notícias. Os notáveis alardeiam muito suas vitórias, mas falam pouco das suas angústias, revelam pouco suas aflições, não dão bandeira das suas fraquezas, então fica parecendo que todos estão comemorando grandes paixões e fortunas, quando na verdade a festa lá fora não está tão animada assim. Ao amadurecer, descobrimos que estamos todos no mesmo barco, com motivos pra dançar pela sala e também motivos pra se refugiar no escuro, alternadamente. Só que os motivos pra se refugiar no escuro raramente são divulgados pra consumo externo.'Todos são belos, sexys, lúcidos, íntegros, ricos, sedutores, social e filosoficamente corretos. Parece que ninguém, nenhum deles, nunca levou porrada. Parece que todos têm sido campeões em tudo'. Fernando Pessoa também já se sentiu abafado pela perfeição alheia, e olha que na época em que ele escreveu estes versos não havia esta overdose de revistas que há hoje, vendendo um mundo de faz-de-conta. Nesta era de exaltação de celebridades - reais e inventadas - fica difícil mesmo achar que a vida da gente tem graça. Mas tem. Paz interior, amigos leais, nossas músicas, livros, fantasias, desilusões e recomeços, tudo isso vale ser incluído na nossa biografia. Ou será que é tão divertido passar dois dias na Ilha de Caras fotografando junto a todos os produtos dos patrocinadores? Compensa passar a vida comendo alface para ter o corpo que a profissão de modelo exige? Será tão gratificante ter um paparazzo na sua cola cada vez que você sai de casa? Será bom só sair de casa com alguém todo tempo na sua cola a título de segurança? Estarão mesmo todas essas pessoas realizando um milhão de coisas interessantes enquanto só você está em casa, lendo, desenhando, ouvindo música, vendo seu time jogar, escrevendo, tomando seu uisquinho?
Tenha certeza que as melhores festas acontecem sempre dentro do nosso próprio apartamento.

(Martha Medeiros, gaúcha, 44 anos, Jornalista e Poeta)

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Sempre existe uma janela

Nas olhadelas dos meus visitantes acabei descobrindo esse blog que considero encantador. Não parece que essas palavras poderíam ter saído da nossa boca? Isso pra mim tem um nome: genialidade!
No final do túnel existe uma janela. Talvez você precise antes passar por uma sequência interminável de portas fechadas e treinar seus ouvidos para som da batida de cada uma delas, mas não deixe de caminhar. Eu sei que não tem a menor graça andar no escuro, e por não saber nada sobre o caminho, algumas vezes você irá tropeçar. Mas lembre-se, que é justamente essa coragem de andar por um lugar desconhecido e adquirir habilidade para se curar de cada tombo, que fará você começar a enxergar aos poucos frestas de luz. E pode não parecer, mas o som de cada porta se fechando um dia irá soar como música aos seus ouvidos. A canção de quem aprendeu a ler as esperas. De quem aceitou a partitura da fé e aprendeu a tocar as notas no momento adequado, na afinação de Deus.

Fernanda Gaona

http://deliriosesuspiros.blogspot.com/

Os valores do homem moderno - Quino

Ao longo dos séculos os seres humanos têm acrescentado novos valores para se adequar às vezes. Quino, então explica o que são os valores que dominam o homem moderno.









quinta-feira, 18 de agosto de 2011

BOM HUMOR


RICARDO SEMLER - AULA DE AMY

"REZEI UM TERÇO para achar um meio para te levar para um quarto." Essa frase, de para-choques de caminhão, demonstra como frações matemáticas podem ser vistas por outro ângulo. O mesmo vale para o currículo das escolas.
Desenhei um curso de forma que se pudesse entender como jogar fora o currículo que se usa hoje: o projeto "Aulas de Amy".
A ideia é fazer alunos (digamos, do ensino médio) darem conta de todos os parâmetros curriculares de uma forma moderna.
O curso Amy duraria um bimestre e seria formado por 16 aulas. Para várias delas, seriam convidados, de fora da escola, mestres em algum ofício. Seja um músico, um cabeleireiro ou um médico.
A primeira aula seria como o "CSI" -o seriado da TV. Seria feito com os alunos um roteiro que mostrasse como se trata um cadáver antes da autópsia. Que cuidados precisam ser tomados no local, o que é rigor mortis e como se estima a hora da morte. O aluno aprenderia o que é o formol e por que a impressão digital é singular. Haveria muita química nesse módulo.
Aula dois: "No, No, No". Ouvindo "Rehab", todos batem palmas juntos até descobrirem o que é um compasso de 4/4 ou 12/8. Olham notas musicais e entendem por que nenhum músico é bom se não for matemático. Percebem que colcheias e semínimas são frações ideais. Investigam por que a música-padrão tem três minutos, como se calculam direitos autorais, a função do suborno na rádio e os efeitos da pirataria.
Fazem-se cálculos de quanto ganha um astro. Muita matemática, enfim.
Aula três: "Tóchico". Que componentes estão na cocaína, o que ocorre na ressaca, por que a maconha é proibida, como a cirrose altera o fígado, quanto ganha uma mula de drogas e se é vital corromper a polícia para conseguir distribuir drogas.
Um monte de biologia, um pouco de matemática, um quê de civismo.
Assim vai -acho que ficou evidente. Hoje, o conteúdo é esquizofrênico: de uma aula de história medieval passa-se a uma de trigonometria 2, seguida de uma sobre a tabela periódica e depois a divisão da ameba. E acha-se que alguém no mundo é capaz de juntar isso tudo.
Não é por acaso que o índice de retenção de conteúdo é de 6,7%, tornando o currículo que usamos uma das ferramentas mais burras da humanidade.
A Amy, sozinha, ainda permite falar de penteados na história, entender por que certas religiões não aceitam a cremação ou se o blues é reino de músicos negros. Cabe rever as letras e cotejá-las com literatura de cordel, poesia concreta e hip-hop.
Não tem limites, enfim.
Deve haver um meio de mandarmos o currículo atual, do tempo do "nonno", para o cesto da história, para os quintos dos infernos!

RICARDO SEMLER, 52, é empresário. Foi scholar da Harvard Law School e professor de MBA no MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts). Escreveu dois livros ("Virando a Própria Mesa" e "Você Está Louco") que venderam juntos 2 milhões de cópias em 34 línguas.

domingo, 14 de agosto de 2011

Um amor que emociona...

Minha homenagem a todos os pais, em especial ao pai das minhas filhas.
Alexandre, obrigada por superar todas as expectativas em relação ao que é ser PAI.
Deus me concedeu a benção de ter escolhido um homem de bem, devotado as filhas e que tem por elas um amor de fazer inveja!