domingo, 27 de fevereiro de 2011

"Não importa quantos passos você deu para trás. Importa quantos passos você vai dar para frente.” Décio Melhem

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

"Ninguém é de ninguém porque não somos coisas. Somos pessoas e pessoas são eternamente ímpares. É o que cultivamos e alimentamos em nós que nos faz ser como somos. A única pessoa que temos e por quem realmente somos responsáveis é a gente mesmo".
Rosana Braga

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Insônia

Nada como uma noite mal dormida para povoar a cabeça da gente de questionamentos...
Mudou o horário, agora meu relógio biológico marca 5:24, estou acordada desde as 4:30... loucura!
Haja carneirinhos para se contar, sonhos para se fazer, problemas para se resolver e conflitos para se debruçar.
Fico pensando nas escolhas que fiz, nas que foram feitas pra mim, nas que não gostaria de fazer, mas que não tenho escolha.
Onde a vida teria me levado se tudo tivesse sido diferente? O que seria de mim? Quais seríam os meus sonhos?
Preciso escolher entre ver minhas filhas crescerem ou voltar ao trabalho. Que escolha fazer? De qual delas terei mais alegrias, menos culpas?
O coração já conhece as respostas, mas a cabeça insiste em colocar empecilhos.
Falta honestidade comigo mesma? Assertividade? Com quem dividir essas aflições? Quem poderia amainar meu coração? Concatenar minhas idéias?
Novamente me assombram as escolhas que fiz, que me foram impostas e as que contrariadamente terei que fazer.
Estou presa no agora, não consigo visualizar o futuro e as culpas do passado me deixam estagnada.
Acho que preciso de terapia, ou de uma boa caminhada de uma hora ao som ensurdecedor de um pop rock qualquer. Nada melhor para ouvir ou calar oque se vai no íntimo da gente.
Sinto falta da clareza do Lú, clareza essa que só os desatinados e insensatos tem.
Que falta me faz um colo de uma mãe sem defesas, resistências, rivalidades, conflitos e competições.
A madrugada avança e pouco coisa evolui no meu peito.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Tatuagens...

Meu irmão André tatuou o nome das filhas dele nos braços. Amei!!!!
Procurando a minha achei algumas que, se tivesse uns 20 anos menos, faria pelo menos uma.
A arte é de Flávio Wetten, um gênio!!!!
Outas imagens na website dele.
http://lifeonadraw.weebly.com/index.html













































terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Parábola de Jesus professor.


Nem o Senhor Jesus aguentaria ser um professor nos dias de hoje.....

O Sermão da montanha (*versão para educadores*)

Naquele tempo, Jesus subiu ao monte seguido pela multidão e, sentado sobre uma grande pedra, deixou que os seus discípulos e seguidores se aproximassem. Depois, tomando a palavra, começou a ensiná-los ditando:

“Em verdade vos digo, bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles… “

Neste momento Pedro interrompeu:

- Temos que decorar?

André disse:

- Temos que copiar para o papiro?

Tiago perguntou:

- Vai cair na prova?

Filipe indagou:

- Não trouxe o papiro-xerox?

Bartolomeu quis saber:

- Tem que pesquisar?

João levantou a mão:

- Posso ir ao banheiro?

Judas exclamou:

- Para que é que serve isto tudo?

Tomé inquietou-se:

- Tem que fazer uma redação?

Tadeu reclamou:

- Posso sair? Tá tendo tiroteio na comunidade…

Mateus queixou-se:

- Eu não entendi nada, ninguém entendeu nada!
Nesse momento chegou um fariseu, natural de Pedagolândia, que nunca tinha estado diante de uma turma nem ensinado nada e nem dado uma aula na vida, tomou a palavra e dirigiu-se a Jesus, dizendo:
“- Onde está teu plano de ensino?
- Qual é a nomenclatura do teu plano de aula nesta intervenção didática mediatizada?
- E a avaliação diagnóstica?
- E a avaliação institucional?
- Quais são as tuas expectativas de sucesso?
- Tendes para a abordagem da área em forma globalizada, de modo a permitir o acesso à significação dos contextos, tendo em conta a bipolaridade da transmissão?
- Quais são as tuas estratégias conducentes à recuperação dos conhecimentos prévios?
- Respondem estes aos interesses e necessidades do grupo de modo a assegurar a significatividade do processo de ensino-aprendizagem?
- E os espaços alternativos das problemáticas curriculares gerais?
- Propiciaste espaços de encontro para a coordenação de ações transversais e longitudinais que fomentem os vínculos operativos e cooperativos das áreas concomitantes?
- Quais são os conteúdos conceptuais, processuais e atitudinais que respondem aos fundamentos lógico, praxeológico e metodológico constituídos pelos núcleos generativos disciplinares, transdisciplinares, interdisciplinares e metadisciplinares?

- Foi discutido com os alunos e a comunidade o conteúdo a ser ensinado?

- É um enfoque construtivista? ”

Caifás, natural de Metrolândia, o pior de todos, disse a Jesus:
“- Quero ver as avaliações do primeiro, segundo e terceiro bimestres e reservo-me o direito de, no final, aumentar as notas dos teus discípulos, para que ao Rei de Estadolândia não lhe falhem as previsões de um ensino de qualidade e não se lhe estraguem as estatísticas do sucesso. Serás notificado em devido tempo pela via mais adequada. E olha lá, não reprove ninguém! Lembra-te que podes ser requalificado funcionalmente e poderás ficar arrumando papiros na biblioteca ou na secretaria até o fim dos tempos!”

… E Jesus pediu pra sair aos trinta e três anos.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Sobre estar sozinho.

Não é apenas o avanço tecnológico que marcou o inicio deste milênio. As relações afetivas também estão passando por profundas transformações e revolucionando o conceito de amor.
O que se busca hoje é uma relação compatível com os tempos modernos, na qual exista individualidade, respeito, alegria e prazer de estar junto, e não mais uma relação de dependência, em que um responsabiliza o outro pelo seu bem-estar.
A idéia de uma pessoa ser o remédio para nossa felicidade, que nasceu com o romantismo, está fadada a desaparecer neste início de século. O amor romântico parte da premissa de que somos uma fração e precisamos encontrar nossa outra metade para nos sentirmos completos. Muitas vezes ocorre até um processo de despersonalização que, historicamente, tem atingido mais a mulher. Ela abandona suas características, para se amalgamar ao projeto masculino. A teoria da ligação entre opostos também vem dessa raiz: o outro tem de saber fazer o que eu não sei.
Se sou manso, ele deve ser agressivo, e assim por diante. Uma idéia prática de sobrevivência, e pouco romântica, por sinal.
A palavra de ordem deste século é parceria. Estamos trocando o amor de necessidade, pelo amor de desejo.
Eu gosto e desejo a companhia, mas não preciso, o que é muito diferente.
Com o avanço tecnológico, que exige mais tempo individual, as pessoas estão perdendo o pavor de ficar sozinhas, e aprendendo a conviver melhor consigo mesmas. Elas estão começando a perceber que se sentem fração, mas são inteiras. O outro, com o qual se estabelece um elo, também se sente uma fração. Não é príncipe ou salvador de coisa nenhuma. É apenas um companheiro de viagem.
O homem é um animal que vai mudando o mundo, e depois tem de ir se reciclando, para se adaptar ao mundo que fabricou. Estamos entrando na era da individualidade, o que não tem nada a ver com egoísmo. O egoísta não tem energia própria; ele se alimenta da energia que vem do outro, seja ela financeira ou moral. A nova forma de amor, ou mais amor, tem nova feição e significado.
Visa a aproximação de dois inteiros, e não a união de duas metades. E ela só é possível para aqueles que conseguirem trabalhar sua individualidade..
Quanto mais o indivíduo for competente para viver sozinho, mais preparado estará para uma boa relação afetiva. A solidão é boa, ficar sozinho não é vergonhoso. Ao contrário, dá dignidade à pessoa. As boas relações afetivas são ótimas, são muito parecidas com o ficar sozinho, ninguém exige nada de ninguém e ambos crescem. Relações de dominação e de concessões exageradas são coisas do século passado. Cada cérebro é único. Nosso modo de pensar e agir não serve de referência para avaliar ninguém.
Muitas vezes, pensamos que o outro é nossa alma gêmea e, na verdade, o que fizemos foi inventá-lo ao nosso gosto. Todas as pessoas deveriam ficar sozinhas de vez em quando, para estabelecer um diálogo interno e descobrir sua força pessoal.
Na solidão, o indivíduo entende que a harmonia e a paz de espírito só podem ser encontradas dentro dele mesmo, e não à partir do outro. Ao perceber isso, ele se torna menos crítico e mais compreensivo quanto às diferenças, respeitando a maneira de ser de cada um.
O amor de duas pessoas inteiras é bem mais saudável. Nesse tipo de ligação,há o aconchego, o prazer da companhia e o respeito pelo ser amado. Nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo...
Flávio Gikovate.